Não há palavras para expressá-la.
Não há livro que a descreva.
Não há livro que a descreva.
Por isso,
o melhor jeito
de consolar é falar pouco,
orar junto,
sentir junto e estar presente,
sentir junto e estar presente,
cada um do jeito que sabe.
Palavras não explicam
a morte de alguém querido.
Sabem disso o pai,
a mãe, os filhos, os irmãos,
o namorado e a namorada,
o marido e a mulher,
amigos de verdade.
Quando o outro morre,
parte do mistério da vida
vai com ele.
A parte que fica torna-se
ainda mais intrigante.
Descobrimos a relação
profunda entre a vida e a
morte quando alguém
que era a razão,
ou uma das razões,
de nossa vida vai-se embora.
Para onde?
Para quem?
Está me ouvindo?
A gente vai se ver novo?
A gente vai se ver novo?
Como será o reencontro?
Acabou-se para sempre,
ou ela apenas foi antes?
Por que agora?
Por que agora?
Por que desse jeito?
As perguntas insistem
em aparecer e as respostas
não aparecem claras.
Dói, dói, dói e dói...
Então a gente tenta
assimilar o que não se explica.
Cada um do jeito que sabe.
Cada um do jeito que sabe.
Há o que bebe,
o que fuma, o que grita,
o que abandona tudo,
o que agride,
o que agride,
o que chora silencioso num canto,
o que chama Deus para uma briga,
o que mergulha no fatalismo e o que,
mesmo sem entender ou crer,
aposta na fé.
Um dia nos veremos de novo...
enquanto este dia não chegar,
entes que eu amo sei que
entes que eu amo sei que
me ouvem e oram por mim,
lá, junto de Deus.
Para eles a vida tem,
agora,
uma outra dimensão.
Alcançou o definitivo.
Quem fica perguntando
e sofrendo somos nós.
Mas como a vida
é um riacho que
logicamente deságua,
a nossa vez também chegará e,
quando isso acontecer,
então não haverá
mais lágrimas.
As que aqui ficaram
chorando terão a sua explicação.
Por enquanto,
fica apenas o mistério.
Alguém que não sabemos
por que nasceu de nós e por
que cresceu em nós,
por que entrou tão de
cheio em nossa vida,
fechou os olhos e foi-se embora.
Quem ama de verdade
não crê que se acabou.
A vida é uma só:
começa aqui no
tempo e continua,
depois,
na ausência de tempo
e de limite.
Alguém a quem amamos
se tornou eterno.
E essa pessoa já sabe
E essa pessoa já sabe
quem e como Deus é.
E também sabe
E também sabe
o porquê de sua partida.
Por isso,
convém falar com ela
e mandar recados a Deus
por meio dela.
Se ela está no céu,
então alguém,
além de Deus,
de Jesus e dos santos,
se importa conosco.
Definitivamente,
não estamos sozinhos,
por mais que doa a solidão
de havê-la perdido.
Mas é apenas por pouco tempo.
Quem amou aqui,
Quem amou aqui,
sem dúvida,
se reencontra no infinito...
* * * * *
Pe. Zezinho, scj
Do livro: Orar e pensar como família - Paulinas
Recebi esse texto de um grupo de artesanato que participo,e pela primeira vez depois de 2 meses de completa revolta pela perda da minha Dankinha que até hoje não consigo aceitar,li alguma coisa que consuga refletir o que eu sinto e trazer um pouco de sossego ao coração tão magoado...
Do livro: Orar e pensar como família - Paulinas
Recebi esse texto de um grupo de artesanato que participo,e pela primeira vez depois de 2 meses de completa revolta pela perda da minha Dankinha que até hoje não consigo aceitar,li alguma coisa que consuga refletir o que eu sinto e trazer um pouco de sossego ao coração tão magoado...
Nenhum comentário:
Postar um comentário